terça-feira, 21 de outubro de 2008

Matéria sobre a cultura local - Atividade 21

133 anos e um presente de dois milhões

Você já pensou em ganhar um presente de 2 milhões de reais no seu aniversário? Pois a Bibliotheca Pública de Pelotas – BPP -, já: a reforma que está recebendo custou este valor para a Votorantim, precursora do Projeto Restaura, que contempla o prédio histórico de valor para Pelotas e Região Sul.

Este ano a BPP completa seus 133 anos de história, e quanta história! São mais de 200 mil livros e 60 mil jornais formando o segundo maior acervo de documentos históricos do estado do Rio Grande do Sul. Um patrimônio cultural que vive há mais de 100 anos no mesmo local, e hoje recebe sua primeira reforma em um século de existência.

Para comemorar as atividades de aniversário, o dia 14 de novembro será de diversas atividades para a BPP, que está com seu estande na 36ª Feira do Livro de Pelotas. Entre elas, a mostra fotográfica Capa e Contracapa, que apresenta trabalhos dos principais repórteres fotográficos de Pelotas.

Segundo o Diretor de Comunicação e Patrimônio da Bibliotheca João Alberto Santos, o que está em pauta nesta época de comemorações é mais do que a história da BPP: “Essa reforma que está acontecendo, nós vamos ver uma única vez na vida. Sei que em vida jamais verei algo assim novamente em vida”, disse ele, referindo-se ao ineditismo que é uma restauração completa do prédio que foi erguido em 1881.


Resenha: O Twitter como suporte para produção e Difusão de Conteúdos Jornalísticos (Gabriela Zago) - Atividade 20

O surgimento da Web 2.0, aquela que, além da interação, permite a participação do usuário, fez com que os formatos de comunicação digital sofressem alterações dependendo do uso que fosse feito deles. Um dos formatos digitais que mais permitem essa participação são os blogs, e como eles, os microblogs.

No blog, dependendo de quem o utiliza é como ele será apropriado e utilizado pelo seu usuário. Mesmo com um formato “padrão”, o conteúdo que é inserido dele faz toda a diferença na hora de classificá-lo como gênero. Dentro deste formato “padrão”, o que não muda é que as postagens nele são publicadas em ordem cronológica inversa, ficando sempre a publicação mais recente no topo da página.

No microblog, o que, segundo Zago (2008), o microblog pode ser considerado um blog “simplificado”, pois ele tem todas as características do blog, mas de forma bem simplificada. Dentro destas simplificações, a principal é o tamanho máximo permitido para cada texto. No Twitter, objeto do estudo discutido aqui, por exemplo, o texto pode ter no máximo 140 caracteres, mesmo número que uma mensagem de texto no celular.

A partir desta limitação de caracteres nos microblogs surge uma característica que os blogs não apresentam, que é a mobilidade na hora de publicar e receber o que é postado nos microblogs como o Twitter. Com um tamanho de 140 caracteres por mensagem, é possível usar o celular ou mensageiros instantâneos para mandar um texto e ele ser postado no microblog. Zago (2008) define duas características principais para o microblog: mobilidade e arquitetura aberta de informações. A primeira característica se dá, como já foi dito, a partir da possibilidade de usar o microblog em dispositivos móveis. E a segunda, é porque o microblog possui ferramentas de API4 abertas. Isso quer dizer que o usuário pode, além de utilizar o microblog, criar novas maneiras de utilizá-lo, como para atualizações de informações (ZAGO, 2008).

Com tantas possibilidades, o microblog, assim como o blog, passou a fazer parte do jornalismo digital, a partir da sua apropriação para isso. A partir desta informação, discute-se algumas características sobre o jornalismo em si, para a compreensão do seu formato nos microblogs.

Em seu artigo, Zago (2008) cita Melo (1994) para uma definição de jornalismo: “o jornalismo pode ser entendido como a produção e transmissão de textos noticiosos que interessam a um determinado grupo de pessoas difundidos periodicamente a partir de um suporte”. Sendo assim, o webjornalismo é o jornalismo que tem como suporte a web, e suas características como tal (hipertextualidade, velocidade, multimídia e as demais). Aliado à Web 2.0, o webjornalismo passou a ter a participação de pessoas comuns em sua utilização. À medida que ferramentas participativas se tornam populares na web, cresce também o webjornalismo participativo.

No Twitter, muitos dos seus usuários usam o site como meio jornalístico através da divulgação de notícias. Zago (2008) cita Bradshaw (2007) quando este propõe o modelo “news diamond”, o que significa que o primeiro passo para a notícia na web é a divulgação do acontecimento como uma alerta somente, uma atualização de que um fato ocorreu, utilizando-se para isto de poucas palavras (ZAGO, 2008), o que pode tranquilamente ser feito através de microblogs como o Twitter. O segundo passo para este modelo de diamante da notícia, seria a publicação da informação na íntegra, ou pelo uso da web ou impresso.

Zago (2008) lembra que uma forte característica da mobilidade do webjornalismo está em poder divulgar uma informação diretamente do local onde ocorreu o fato, devido aos dispositivos tecnológicos que não precisam ir até um computador para acessar à web e publicar na Internet. Estes dispositivos, como o celular, acessam a Internet em qualquer lugar e qualquer hora, o que dá imediatismo e velocidade para a notícia que é divulgada nos microblogs. Basta uma mensagem de celular para o mundo ter acesso às informações publicadas no Twitter, por exemplo.

Apesar de suas adaptações ao jornalismo, microblog não garante que as apropriações feitas dele para tal sejam características típicas do webjornalismo, já que depende de como ou quem faz uso de seu formato (ZAGO, 2008).

Ainda assim, o Twitter se destaca pelas apropriações que dele são feitas para o jornalismo, como as coberturas minuto a minuto, próprias para microblogs como ele. A possibilidade de utilização de hipertexto a partir da utilização de links leva o leitor a utilizar a atualização no Twitter como um ponto de partida para uma informação mais completa. Essa utilização ainda é discutida como uma forma de não adaptação para o webjornalismo no Twitter, já que as notícias não estão no Twitter, mas somente têm um ponto de origem ou são citadas nele. O G1 é um exemplo deste jornalismo que não é feito para o Twitter (ZAGO, 2008). O site de noticias utiliza o microblog para as manchetes de suas notícias já publicadas na página oficial de notícias. Assim, toda manchete no Twitter vem acompanhada de um link para onde as informações completas estão publicadas.

Já outras empresas se adaptam ao Twitter divulgando notícias em 140 caracteres. E aproveitam melhor o espaço por não utilizarem links para isso. Algumas empresas de notícias enviam SMS através do Twitter para os seus followers (seguidores no site), mais uma vez em um uso da mobilidade oferecida por ele.

Portanto, o uso do Twitter como ferramenta do webjornalismo vai além de responder a pergunta “O que você está fazendo?”. O jornalismo pergunta “O que está acontecendo agora?”. E os usuários do Twitter, sejam eles jornalistas ou não, respondem a esta pergunta diariamente em uma função permanente da interação participativa na web.

Resenha 1 - Atividade 19

#Fazer duas resenhas sobre textos que estão no SAPU:

Materia Jornalismo Open Source - Atividade

Jornalismo entra na onda do código aberto

Dos softwares para as notícias, sistema de código aberto é discutido na prática jornalística


A interatividade no jornalismo online já permite ao leitor das notícias a sua participação através de opiniões, comentários, além de permitir que ele complete informações e até conteste o que o jornalista disse sobre um fato qualquer. Mas atualmente, discute-se algo ale da interatividade no jornalismo digital. Além do que já é permitido, existe uma idéia de que o conceito de software livre, open source, o mesmo utilizado para a quebra de sigilo de programas de computador e tecnologias móveis, pode ser adaptado ao jornalismo. Desta forma, o jornalismo, além de permitir interatividade, seria totalmente aberto para o leitor criar e modificar aquilo que recebe de informações, de acordo com o que ele mesmo pensa e conhece.

Este conceito dá início a uma discussão que atualmente ronda os pensamentos de todo jornalista: a regulamentação da profissão.

Ana Maria Bambilla, do Webinsider afirma que o cidadão comum não vai tirar o espaço do jornalista. “O jornalismo open source não surge com a intenção de desregulamentar nenhuma profissão, ao contrário: a meta é fortalecer as bases dialógicas de uma imprensa cuja função essencial é aperfeiçoar o potencial crítico do público”, disse ela.

O fato de um cidadão comum poder noticiar o que acontece no dia-a-dia e publicar essas informações nos mesmos meios e com o mesmo acesso que possuem os jornalistas, deixa dúvidas quanto à qualidade e credibilidade dessas notícias. Ao mesmo tempo em que se pretende a colaboração, participação e criação do público em geral, corre-se o risco de se publicar informações que, por não possuírem o filtro do Jornalismo, tendem a ser mais opiniões do que notícias propriamente ditas.

Jornalismo Open Source - Atividade


O blog Amigos de Pelotas é um tipo de veículo Open Source, pois permite a participação efetiva de seus leitores quanto à criação e publicação de matérias no próprio blog.

Esse veículo, por deixar que o leitor publique um diário, outro um poema, outro uma foto, outro um convite entre outros, foge do jornalismo, já que ele acaba sendo um veículo de opiniões e publicidade, e foge de ser um veículo jornalístico.

Suas vantagens são a participação do leitor, e não sua mera presença passiva. Já como desvantagens há a descaracterização do veículo como um meio jornalístico. Isso torna o veículo sem credibilidade e sem uma identidade séria como fonte de informações.

Em comparação ao jornalismo digital, o Open Source neste caso possui características de interação participativa, aquela que permite ao receptor tornar- se colaborador e criador do que está recebendo. Desta forma, como no jornalismo digital, o leitor seleciona o que é informação ou não e faz do veículo o seu próprio meio de comunicação, criado, opinado e modificado por si mesmo.